,Olá gente, como vocês estão?
Ahhh, eu amo esse tempo friozinho que faz aqui em Sampa nesse final de semana...
Fui passear, fui ao Revelando São Paulo (SUUUPER recomendo, mas só no ano que vem agora!)
Bom, inspirada pelo clima e atendendo a milhares de pedidos, vou postar um dos meus poemas preferidos do Alberto Caeiro, o melhor heterônimo de Fernando Pessoa.
Esse poema é do livro 'Poemas Completos de Alberto Caeiro':
XVIII
Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
E que os pés dos pobres me estivessem pisando...
Quem me dera que eu fosse os rios que correm
E que as lavadeiras estivessem à minha beira...
Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio
E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...
Quem me dera eu fosse o burro do moleiro
E que ele me batesse e me estimasse...
Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena...
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