quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Desabafo

É engraçado como tem um dia, aquele dia em que tudo está pesado e parece demais pra gente...


Faz muito tempo que não visito aqui, sempre venho quando algo transborda.
Hoje eu não acordei bem. Sabe aquele dia que a cabeça dói, os sonhos foram horríveis e fica vindo um mesmo pensamento (aquele lá que você já tinha jogado no limbo) e insiste em cutucar você; aí a autoestima que não anda das melhores, vai pro fundo do poço.
Estou chateada. Acho que essa é a melhor palavra. Não chego a estar triste, mas tenho tido aqueles pensamentos de quando eu tinha a autoestima tão baixa que jogava vôlei de blusão no calor pra não expor meu corpo (isso eu tinha uns 11 ou 12 anos); ou quando eu fiquei tão descontente com O QUE eu era que fiquei 3 meses comendo purê de batata (no almoço e era a única refeição que eu fazia) pra ficar "bonita" num vestido (e eu nem gosto de usar vestido); teve um tempo, também, que eu não comia na faculdade, pra não "estufar o estômago" e ficar mais linear porque queria impressionar um cara; e mais recentemente, a minha "obsessão" com meu sorriso - que, aliás, eu sempre achei feinho, os dentes amarelos (no tom natural deles mesmo), não tão grandes e com aquele espaço horrível do lado esquerdo causado por um dente de leite que teve que ser arrancado -. Na real, eu nunca encanei muito com isso, só que se ouvido da pessoa certa, as coisas reverberam na alma por um tempo. E foi isso o que aconteceu.
Lógico que isso não é algo tão contundente, mas tá incomodando sabe? Às vezes - ou eu gosto de acreditar que - a pessoa não percebe o que diz; acha que não vai bater em você, mas bate.
O verdadeiro problema aqui não é o que alguém me disse, mas como eu me sinto. Ninguém é e nem deve ser responsável por nossa autoestima. Eu vou melhorar e vai ficar tudo bem. Mas hoje não está.

terça-feira, 25 de abril de 2017

grito

Não é poesia, tampouco as lindas obras que fazia nas unhas e sei que ninguém vai ler, então é um desabafo. Um grito no vazio; mas eu preciso gritar...
Uma coisa curiosa é pensar no dia que nascemos. Dizem que há terapias de regressão que revelam esse momento, perdido em algum lugar da nossa memória... Não sei se acredito nisso.
Contudo, sempre podemos ouvir histórias do dia em que nascemos. Eis aqui a minha:
Minha mãe sentiu contrações numa segunda-feira muito fria e muito calma. A noite ela fora levada ao hospital pelo Paulo. Chegando lá, notaram que não havia dilatação... Até aqui nenhuma novidade. Maaas (suspense!) o obstetra não estava disponível... A bolsa estourou, eu estava pronta, mas o médico não. Fiquei cerca de 15 min ali, prontinha pra nascer, engoli o líquido da placenta e... Poderia não estar aqui pra contar a história, mas deu tudo certo (ou mais ou menos né? Fiquei uns dias internada).
"Nossa legal, foda-se. Por que você ta falando tudo isso?"
Contei toda essa história pra dizer porque eu valorizo aniversários. Eu poderia ter morrido naquele dia, no dia que nasci. Por isso, neste dia, todo ano, comemoro e MUITO. Eu venci mais um ano; estou aqui mais um ano; tenho outra chance de renascer; aprendi por mais um ano.
Valorizo não só o meu aniversário, mas o de todos que amo. Eles não sabem disso, mas nesse dia eu agradeço à seja-qual-for-o-nome por sua vida. Por ter me deixado fazer parte dessa vida por mais um ano...

As pessoas não entendem o quão forte é não comemorar meu aniversário e pouco ligam pra isso (tenho uma amiga que até ficou me zoando)...
Não consigo finalizar esse post e até agora não sei se vou publicar... É uma dorzinha chata sabe? Incomoda todo dia. É como se